Hotel Ruanda: em busca da sobrevivência
Lançado no Brasil dia 19 de agosto de 2005 e dirigido por Terry George, a história se
passa no ano de 1994 em que ocorre um conflito entre hutus e tutsis, duas
etnias que não se consegue diferencia-las, a não ser por documentos. O conflito, que deixou mais de 800 mil mortos,
começou quando o avião em que estava o presidente de Ruanda, um hutu, é
derrubado pelos tutsis após ele ter assinado um acordo de paz. A revolta hutu
foi tão grande que por meio de um código que dizia “cortem as árvores altas” os
rebeldes hutus saíram nas ruas matando todos os tutsis que viam pela frente.
Paul
Rusesabagina (um hutu), casado com Tatiana (uma tutsi), é gerente do “Hotel
des Mille Collines”, um hotel quatro estrelas e de propriedade belga. Assim que
começa o massacre contra os tutsis, Paul tenta proteger sua família e seus
vizinhos, todos tutsis, que vieram pedir sua ajuda, ele também acaba os
salvando quando são parados pelas milícias armadas. Por ser um hutu e gerente do
hotel, Paul consegue abrigar muitas vitimas que procuravam refugio e proteção,
enquanto as milícias armadas (Interhamwe)
continuavam com a matança nas ruas do país. Depois de 10 soldados belgas serem
mortos por hutus no conflito, os belgas e a maioria da força de paz da ONU se
retiraram, mas seguidamente voltam e um momento de esperança surge quando as
tropas são avistadas, só que estas têm a única missão de resgatar os estrangeiros e não interromper
o massacre que está acontecendo em Ruanda.
Logo após a saída dos estrangeiros do
hotel, Paul inicia negociações com o General Bizimungu para tentar proteger o
local e seus hóspedes refugiados. Ele acabou subornando-o com dinheiro, charutos,
bebidas e tudo o que ainda tinha à disposição. Quando não tinha mais nada para
oferecer ao General e as milícias armadas, Paul teve que apelar para o dono da
rede hoteleira, que tinha ligações próximas com primeiros-ministros e generais.
Porém, as grandes potências mundiais não estavam se importando para o conflito
que estava acontecendo em Ruanda. Passados mais de cem dias no hotel, alguns
refugiados acabam conseguindo visto de saída do país, no entanto os Interhamwe descobrem
e preparam uma armadilha que termina matando quase todos. Em outra tentativa,
que poderia ter o mesmo destino da primeira, acabam se encontrando com rebeldes
tutsis e juntos chegam até o campo de refugiados e então, dali, poderiam seguir
para a Tanzânia.
Apesar do filme não mostrar toda a história do genocídio
que aconteceu com as duas etnias de Ruanda (hutus e tutsis), percebemos que a
diversidade étnica é muito responsável em conflitos armados não só na África,
mas também no resto do mundo. O filme se torna muito interessante e extraordinário ao pesquisarmos sobre toda a história, que é baseada em fatos reais. Podemos destacar como uma curiosidade que nos dias de hoje é ilegal falar sobre a etnia no país, pois assim evitará mais derramamento de sangue.
Dimas Olympio e Kiara Costa