Hotel Ruanda: em busca da sobrevivência

Paul
Rusesabagina (um hutu), casado com Tatiana (uma tutsi), é gerente do “Hotel
des Mille Collines”, um hotel quatro estrelas e de propriedade belga. Assim que
começa o massacre contra os tutsis, Paul tenta proteger sua família e seus
vizinhos, todos tutsis, que vieram pedir sua ajuda, ele também acaba os
salvando quando são parados pelas milícias armadas. Por ser um hutu e gerente do
hotel, Paul consegue abrigar muitas vitimas que procuravam refugio e proteção,
enquanto as milícias armadas (Interhamwe)
continuavam com a matança nas ruas do país. Depois de 10 soldados belgas serem
mortos por hutus no conflito, os belgas e a maioria da força de paz da ONU se
retiraram, mas seguidamente voltam e um momento de esperança surge quando as
tropas são avistadas, só que estas têm a única missão de resgatar os estrangeiros e não interromper
o massacre que está acontecendo em Ruanda.
Logo após a saída dos estrangeiros do
hotel, Paul inicia negociações com o General Bizimungu para tentar proteger o
local e seus hóspedes refugiados. Ele acabou subornando-o com dinheiro, charutos,
bebidas e tudo o que ainda tinha à disposição. Quando não tinha mais nada para
oferecer ao General e as milícias armadas, Paul teve que apelar para o dono da
rede hoteleira, que tinha ligações próximas com primeiros-ministros e generais.
Porém, as grandes potências mundiais não estavam se importando para o conflito
que estava acontecendo em Ruanda. Passados mais de cem dias no hotel, alguns
refugiados acabam conseguindo visto de saída do país, no entanto os Interhamwe descobrem
e preparam uma armadilha que termina matando quase todos. Em outra tentativa,
que poderia ter o mesmo destino da primeira, acabam se encontrando com rebeldes
tutsis e juntos chegam até o campo de refugiados e então, dali, poderiam seguir
para a Tanzânia.
Apesar do filme não mostrar toda a história do genocídio
que aconteceu com as duas etnias de Ruanda (hutus e tutsis), percebemos que a
diversidade étnica é muito responsável em conflitos armados não só na África,
mas também no resto do mundo. O filme se torna muito interessante e extraordinário ao pesquisarmos sobre toda a história, que é baseada em fatos reais. Podemos destacar como uma curiosidade que nos dias de hoje é ilegal falar sobre a etnia no país, pois assim evitará mais derramamento de sangue.
Dimas Olympio e Kiara Costa